A receita de exportações da indústria brasileira de celulose e papel cresceu 8,8% de janeiro a agosto de 2011 em relação ao mesmo período de 2010, totalizando US$ 4,8 bilhões, segundo dados da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), indicando um cenário positivo para o segmento.
O setor exportador apresentou expressivo crescimento e passou a representar 69% - ou US$ 3,3 bilhões - do total da receita acumulada no ano. O crescimento da receita de exportações da fibra foi de 7,3% no acumulado do ano, enquanto as exportações de papel de janeiro a agosto aumentaram 12,2% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Tanto a produção de celulose quanto a de papel se mantiveram estáveis no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2010, com volume produzido de 9,3 milhões de toneladas de fibra e 6,5 milhões de toneladas de papel.
Vendas Domésticas e Papel Imune
As vendas no mercado interno de papel produzido no país recuaram 1,7% no período, impactando principalmente os segmentos de impressão, de escrever e de papel-cartão. Segundo a Bracelpa, o aumento na importação desses produtos, que não pagam impostos quando são destinados à produção de livros, jornais e revistas, levaram a essa queda no resultado.
A legislação brasileira concede isenção fiscal aos papéis para a produção de livros, jornais, periódicos e para impressão, de modo a difundir a cultura e o hábito da leitura. Porém, dados setoriais revelam que eles estão sendo utilizados para fins não- editoriais, concorrendo com o papel tributado. Segundo a Bracelpa, isso prejudica a concorrência e leva à evasão fiscal, acarretando numa perda estimada de R$ 411 milhões para os cofres públicos.
Fonte:
InfoMoney