Mais do que nunca, o mundo dos negócios, neste início de década, está sendo muito confuso. Osama Bin Laden e as repercussões, a Argentina e suas barreiras, os problemas do Oriente Médio com conseqüências diversas nos USA, crise econômica na Europa fazendo balançar o Euro, conseqüências econômicas devido ao Tsunami no Japão, empregabilidade, novas tecnologias digitais, novos problemas e novas oportunidades no mercado local e mundial, que exigirão novas maneiras de pensar. O cenário mundial está cada vez mais complexo. A obsolescência de produtos, de serviços, de sistemas de produção, as concorrências crescentes, obrigam as empresas a lutar por inovação. Seja para sobreviver, para tornar suas operações mais rentáveis ou para ampliar as perspectivas de futuro. As mudanças acontecem cada vez mais rápidas.

Atualmente, no Brasil, é impressionante o número de gráficas que aproveitam algum modismo ou oportunismo de mercado existente. Essas empresas esquecem, não sabem ou simplesmente resolvem não aplicar uma das ferramentas mais importantes em qualquer empresa de sucesso: o planejamento. A busca desesperadora pelos lucros é tão grande que elas próprias nascem esquecendo ou deixando de lado fatores importantíssimos. Se a gráfica está buscando lucros, sobrevivência, retorno sobre investimento, metas de crescimento ou participação de mercado, isso deve estar bem definido em qualquer negócio. O grande problema é que está quase tudo na mão (ou cabeça) do dono da gráfica, que não delega atividades, não treina nem os seus subordinados e nem a si próprio, visitando cursos, seminários, feiras e lendo um pouco sobre o que acontece a sua volta.

Há várias empresas gráficas no mercado, que adotam a política de manter em seus quadros parentes como pais, irmãos, filhos e netos. Elas retêm o controle, de geração em geração, nas mãos dos seus, mas não raras vezes utilizando pessoas sem o perfil ou despreparadas para os cargos de direção e liderança que ocupam. Conclusão: Maus resultados e lucros pouco animadores. Ou até mesmo a gráfica vai “pro buraco”. A primeira constatação é que inovação não acontece no vácuo. Ela precisa de um ambiente favorável. As pessoas satisfeitas estão muito mais propícias a pensar e oferecer alternativas inovadoras. Isto é permitido apenas quando estamos em um ambiente organizacional criativo e inovador. Muitos donos de gráfica continuam a centralizar TODAS as decisões, fazendo cálculos, comprando e vendendo, além de se intrometer no andamento da produção (pois afinal ele é o dono). Como centralizador ele acaba agindo como um “Bombeiro”, apagando incêndios em todas as áreas da empresa, não tendo tempo para PENSAR e PLANEJAR.
 
Quando existem muitas restrições, normas, hierarquia rígida, políticas e regulamentos emanados a partir da cabeça do dono da empresa, também se limita o fluxo de idéias instalando-se uma barreira a criatividade. As pessoas não se sentem à vontade ou seguras em trazer novas idéias. Nestes ambientes o chefe tem sempre a razão, e o fluxo de idéias é somente de cima para baixo. Não há inovação. Algumas raras vezes em que idéias são pedidas o chefe fala primeiro. Aí as pessoas vão pré-julgar todas idéias que tiverem. O medo faz com que as pessoas segurem suas línguas. Principalmente em uma empresa que as idéias inovadoras são recepcionadas com estas frases:
- Essa sua idéia trará mais problemas do que vantagens.
- Nunca precisamos fazer isto antes.

A busca desesperadora pelo lucro é tão grande que o dono da gráfica acaba esquecendo ou deixando de lado fatores importantíssimos. Se a empresa está buscando lucros, sobrevivência, retorno sobre investimento, metas de crescimento ou maior participação de mercado, isso deve estar bem definido em qualquer negócio. Muitas vezes deveria ser buscado um consultor de empresas conhecedor do ramo gráfico. Isso não é feito, por que o empresário acha muito caro contratar um consultor. É uma despesa muito grande. Mal sabe ele, dos benefícios a curto e médio prazo que a gráfica terá, contatando um consultor do ramo. O planejamento estratégico que deve ser feito é o processo que realmente mobiliza as pessoas e a empresa para construir e escolher que tipo de futuro deseja. Ele não pode ser ignorado tão facilmente como está acontecendo hoje. Existem vários níveis de planejamentos existentes. Porém, todos devem ser capazes de responder aos questionamentos de: O quê? Quando? Como?  Onde? seja no nível estratégico, tático ou operacional.

Portanto, nos próximos anos, as gráficas que não forem capazes de ter um planejamento e visão clara de como se diferenciar uma das outras e serem únicas no que fazem, serão facilmente aniquiladas pelos concorrentes. Podemos concluir que diante de tantas mudanças que estão ocorrendo nesses últimos anos, principalmente na área digital e de programas de gestão, em todas as áreas, inclusive na área mercadológica, qualquer empresa que desejar ter sucesso em 2011 e no futuro, terá que ajustar seu perfil e não se esquecer: planejar TUDO com profissionais bem treinados ou com o auxílio de consultores e, ter visão do mercado como um todo.

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